Chiaretti & Sibila


Nesta edição entrevistamos o casal Laura Chiaretti e Carlos Sibila, profissionais responsáveis pela Chiaretti e Sibila arquitetura, atuam em Franca há 27 anos. Foi um encontro prazeroso e muito agradável, graças à simpatia e atenção com que fomos recebidos. 

Começamos perguntando quando resolveram ser arquitetos?
Sibila- Desde criança eu já sabia que queria ser arquiteto. A arquitetura me chamava muito a atenção, a obra mesmo. Sempre quando entrava em uma construção, mesmo para brincar, eu ficava prestando a atenção, pensando como uma alvenaria podia se transformar em um espaço. Eu não tinha isso como ideia de arquitetura, e eu gravava na mente e sabia como era a distribuição dos cômodos. Isto sem saber que me transformaria em um arquiteto no futuro.
Laura- Eu já não tinha esta certeza. Só sabia que queria trabalhar com plantas. Ou era agronomia ou arquitetura. No dia em fui fazer o teste de aptidão na faculdade, fiz uma dinâmica em que ficávamos em círculo, a banda de Franca no centro tocando e a gente tinha que desenhar o que víamos, o que sentíamos, foi fantástico! Ali eu tive certeza do que queria, porque me dava liberdade de fazer aquilo que eu estava sentindo. E o curso me deu esta liberdade, e a própria faculdade foi muito boa. Até hoje me realizo cada vez que faço um projeto. Fico ansiosa para que fique pronto logo, às vezes até mais que o próprio cliente. Isto me realiza.

Como se inspiram para criar os seus trabalhos?
Sibila- Em tudo. Tudo inspira. As coisas inspiram. Tudo o que acontece em nosso entorno é inspiração.

Laura- Pra mim é a observação. Observar tudo ao redor. Você consegue captar novas ideias, ver detalhes como em um contorno de uma folha de uma rosa, uma curva diferente, um traço, uma janela, enfim, os detalhes inspiram. 

Qual foi a vivência mais marcante como arquitetos e urbanista?
Sibila- A vivência de hoje. Todas. Tudo o que a gente faz é marcante. O que vamos fazer amanhã será o mais marcante porque a gente gosta muito do que faz e cada projeto, cada obra iniciada ou terminada é um momento marcante.

Laura- É algo que a gente teve muito prazer em fazer. O primeiro projeto grande foi muito marcante, foi muito valorizado porque ficou muito bonito, diferente. Totalmente personalizado. Mas realmente, cada projeto é uma vivência marcante.

Como a sustentabilidade pode se casar com harmonia junto à arquitetura?
Sibila- As pessoas ainda não aceitaram totalmente o ecologicamente correto por acharem que o custo é muito caro. Todo mundo sabe da importância da sustentabilidade, porém, não visualizam que o investimento hoje é maior, porém, o retorno é muito positivo em pouco tempo. Em residências é mais difícil de inserir a ideia, mesmo que mostremos as vantagens. Em projetos de prédios é mais fácil, você já faz o projeto já com o reservatório para a reutilização da água da chuva, uma energia fotovoltaica que vai auxiliar muito na economia. Ainda há uma resistência, como tudo que vai um pouco mais de investimento.

Laura- Em tudo, porém, precisa ser adaptado. Não se pode pegar uma coisa que cabe bem na Europa e trazer para a nossa realidade. Existem várias opções de sustentabilidade. Porém tudo vai depender do que é realmente apropriado realizar.

Em seus projetos, a inserção do aquecedor solar é uma constante? As pessoas já têm a consciência de ter um aquecedor solar?
Sibila- Todos os nossos projetos já saem daqui com o espaço para o aquecedor solar. O cliente já é preparado, orientado e conscientizado, em nossas reuniões, da necessidade de se ter o aquecedor solar.

Laura- Sim. E o mais recomendado é o pressurizado, pois atribui uma economia muito grande. Você toma um ótimo banho economizando água, lava uma louça com economia de água devido a sua pressão. Requer um investimento inicial, mas os resultados são efetivos em pouco tempo.

Por que surgiu a ideia da loja?  Vocês viram alguma deficiência ou foi um complemento do trabalho de vocês?
Laura- O nosso escritório sempre foi um showroom. Quando nos reunimos para atender os clientes, sempre tem opções para apresentar, que compõem o ambiente, a decoração. No início eu viajava em busca de novidades e trazia para apresentar aos clientes. Eram peças bem diferentes que a cidade não oferecia. Com a chegada dos filhos eu não podia mais ficar viajando e então, começamos a comprar. Então, a loja foi acontecendo naturalmente. Foi a extensão do nosso showroom. 

Tem sido prazerosa esta ramificação?
Sibila- Sim. Os primeiros clientes da loja foram os nossos clientes aqui do escritório. Depois foi aumentando, mas foram eles que deram o suporte. Não que a gente os prendesse a isto. Todos sempre foram livres para orçar e comprar onde quisessem, mas, eles aderiram a nossa loja.

Laura- Muito. Lá é muito bom. Quando me canso ou me estresso, dou uma corridinha lá e me distraio um pouco, porque eu adoro aquelas peças. Eu imagino em um ambiente, um banheiro, é muito bom.

A que vocês atribuem o sucesso no trabalho de vocês?
Sibila- A honestidade, principalmente. São três pilares: honestidade, Clareza e Simpatia. Falo isto, porque neste ramo da construção é bastante complicado e aqui nos somos muito claros e transparentes com os nossos clientes. Falamos tudo.

Laura- Eu atribuo à observação. Nós somos muito observadores e captamos os detalhes. Cada cantinho, cada reta, cada curva, cada portão, cada linha, tudo para que ocorra a perfeição.

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